domingo, 4 de janeiro de 2015
DESCENDENTE DE ESCRAVO
DESCENDENTE DE ESCRAVO
Não sou descendente de escravo.
Mas sou uma escravizada.
Escravizada por uma sociedade.
Uma pobre sociedade formada!
Formada por uma geração perturbada,
cruel e marginalizada.
E sentindo-me, tão amedrontada.
Com a minha alma acorrentada.
Sinto na minha pele uma dor tão profunda.
A mais dolorosa chibatada.
Vivendo como se vive em uma senzala.
Uma presa nas garras dos feitores.
Sonhando com a liberdade.
Tentando quebrar as correntes.
Mas aceitando tudo calada.
Autora: Angélica Caldeira
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