terça-feira, 11 de outubro de 2011

TEMPESTADE DE DOR

                                                     TEMPESTADE DE DOR



            I
Uma família cristã.
Deus, abençoou.
Pegou a semente do bem.
E em seu coração semeou.

            II
Essa família bondosa,
agradando o seu Criador.
Procurava fazer caridade.
Com muito, muito amor.

             III
Até que um dia...
Chegou sem avisar.
Uma terrível tempestade.
Fazendo a família se separar.

             IV
O pobre pai de família.
Bem cedo foi trabalhar.
Saiu de casa contente,
mas dessa vez não pode voltar.

             V
Recebendo a notícia
a esposa se desesperou.
E no colo de suas crianças,
tristemente se consolou.

             VI
Depois de perder seu marido.
A mulher ficou desamparada.
Foi morar com seus filhos nas ruas,
tristemente calada.

             VII
"A maldita fome tem pressa."
"Quem tem fome não pode esperar."
Humildemente foi pedir esmola.
E o seu filho maior foi roubar.

             VIII
Se um verme por ela passava.
Tinha medo de se aproximar.
Dava esmola de cabeça baixa,
pra não se contaminar.

             IX
A esmola que o verme lhe dava.
Mal dava pra fome enganar.
Pois um verme tão ganancioso.
Só Deus pra controlar.

             X
Outra terrível tempestade.
Dessa vez foi no Natal.
Pois o seu filho mais velho,
morreu nas mãos de um marginal.

             XI
O seu filho banhado de sangue,
foi mais forte essa dor!
Mas no colo de seus outros filhos,
outra vez se consolou.

             XII
Colocou o corpo do filho,
em um pedaço de papelão.
E com os dois filhos menores,
foi morar no lixão.

             XIII
Outra terrível tempestade,
novamente sem avisar.
Levou o seu segundo filho.
Antes do céu clarear.

             XIV
Novamente a dor da perda,
esmagava o seu coração.
Deixando o corpo do seu outro filho,
repousando ali no lixão

             XV
Com o filho menor no seu colo.
Quase querendo chorar.
Muito fraca sentou na calçada,
sem forças pra caminhar.

             XVI
Inocentemente a criança,
olhando a beleza do céu.
Perguntou apontando com o dedo:
-Lá em cima, tem pão de mel?...

             XVII
Outra terrível tempestade.
Insistindo em castigar...
A criança sugava o seu seio,
até o sangue minar.

             XVIII
Pensando na triste pergunta,
que ao filho não respondeu.
Sentiu que deitada em seu colo,
a pobre criança morreu.

             XIX
Arrastando até chegar á ponte.
Muito fraca a mulher suspirou.
E antes de outra tempestade.
Pedindo a Deus perdão se atirou.

             XX
Para sustentar os seus filhos,
com nuvens feitas de mel.
Deixou a vida terrena.
Pra viver com eles no céu.


Obra pubricada com erros de edição. Na Antologia Literária E Por Falar Em Amor. Pela Litteris Editora do RJ. No ano de 2007. Publicada corretamente no Blogger.
Autora: Angélica Caldeira.     

 






                        

NATUREZA DIVINA

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