O POETA OBSERVADOR

                                                  O POETA OBSERVADOR

O dia amanheceu:

Tão deserto.

Tão nublado.

Em algumas partes do mundo

O sol não apareceu.

E nem for alguma floresceu.

As folhas caíram ao chão.

Pela fúria de um furacão.

Havia marcas de destruição.

Havia pedras e solidão.

A chuva caiu tão forte...

Parecia se vingar.

Tantos ela levou.

E não puderam voltar.

Mas um novo dia chegou.

E o poeta "observou"

Que a natureza é tão pura.

Com as suas formosuras:

Com seus ares,

com seus mares.

E também com seus pomares.

Paisagem que o Criador.

Teve o dom de criar com amor.

Nesse mundo não há um artista.

Capaz do Criador imitar.

Ofereceu esse presente ao homem.

Que por ambição o modificou.

Destruindo a Natureza.

Hoje pouco foi o que restou.

Esse pouco que restou.

Talvez possamos consertar.

Pois lembrem-se que esta riqueza.

Também pode um dia findar.

Obra publicada na Antologia Literária- De Pessoa pra Pessoa. Em homenagem a Fernando Pessoa, pela Litteris Editora do RJ, em 2010. 

DESPEDIDA

       

                                      DESPEDIDA

Se você só sabe fingir...

E com seus beijos quer me sufocar.

Se você zomba do meu sentimento.

Um dia també vai amar.

Estou sorrindo pra não chorar.

tentando essa dor disfarçar.

Meu coração você sangrou.

Estou morrendo por esse amor.

Fugindo do seu olhar.

Gritei seu nome até cansar.

Tentei preservar nosso amor.

E o meu poema nem sei se guardou...

Se você é filho do Sol...

E eu sou filha da Lua...

De que vale esse amor tão ardente?

Se o nosso mundo é tão diferente.

Na sua vida quando entrei.

Somente espinhos encontrei.

E tentando esquecer o sabor do seu beijo.

Quantas bocas beijei...

Nos braços da solidão.

Entreguei o meu coração.

Se a sua presença me faz sofrer.

Por que não tentar lhe esquecer?

Suavemente lhe abracei.

E no seu fogo quase me queimei.

Tanto quis ser amada.

Mas só fui desejada.

Temos a mesma missão.

Vivendo no mesmo ambiente.

Mas o seu brilho implacável.

Aos poucos me deixa doente.

Se algum dia me procurar.

Dentro de um livro vai me encontrar.

Sou a semente que não brotou.

E a folha seca que o vento levou.

Obra publicada na Antologia Literária Amor Para Sempre Presente. Pela Litteris Editora do RJ no ano de 2004.                                       

Meu sit do bloggr é- http:wwwangelicapoetisablogsptcom.blogspot.com

Madrugada

                                      MADRUGADA

No silêncio da madrugada,
eu observava calada
os pingos da chuva caindo...
no teto da minha casa.

O vento batia nas folhas,
sem nenhuma piedade.
E mesmo assim elas adormeciam
nos braços da liberdade.

No silêncio da madrugada
a solidão, sem ser convidada,
entrava em meu quarto fechado,
deixando-me até desarmada.

Os roncos do meu visinho,
tão irritantes,
fizeram-me abrir a janela,
pegando a lua em flagrante.

A noite, como um despertador,
não me deixava dormir,
e da terrível insônia
eu tentava fugir.


Obra: Publicada na Antologia Literária Grandes Escritores da Bahia  vl. 2- Pela Litteris Editora do RJ 

Bahia, Terra Minha

                                  
                                            Bahia, Terra Minha

Bahia, terra minha.
Bahia, de todos os encantos,
de toda a magia.
Tudo é canção e poesia.

Bahia de gente valente,
de gente contente.
Terra! Terra do carnaval.

Bahia, terra minha
Oh! Terra rica e bela.
Inspiração de um artista,
que a exibiu em uma tela.

Bahia de Todos os Santos
e de todo o meu bem-querer.
Lugar de onde nasci,
lugar de onde quero morrer.

                                                          Obra publicada na Antologia Literária: O QUE QUE A BAHIA TEM, Pela Litteris Editora do RJ em 2009