quarta-feira, 27 de março de 2013
A SOLIDÃO INVADE O SERTÃO
A SOLIDÃO INVADE O SETÃO
Perdi a minha juventude.
Naquela simples plantação.
E vem a seca sem piedade.
Transformar o solo em torrão.
Com um feixe de lenha nas costa.
Tento sobreviver no Sertão.
Vi meu gado morrendo de sede.
E a criança gemendo faminta.
Desejando uma migalha de pão.
Sou obrigado a chorar.
Vendo tanta humilhação.
Tentando encontrar o motivo.
De tamanha ingratidão.
Hoje sou um velho cansado.
Que mal consigo falar.
E é com essa velha bengala.
Que tento aos poucos caminhar.
Em pensar que nasci pra ser livre.
E hoje me vejo nessa escravidão.
Já perdi o pouco que tive.
E lá se foi meu plantio de feijão.
E ainda sou obrigado a aceitar.
A solidão invadir o meu Sertão.
Autora: Angélica Caldeira
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